Professor indígena é morto a golpes de facas em confraternização no extremo sul da Bahia
02/06/2025
(Foto: Reprodução) Crime aconteceu na cidade de Porto Seguro e é investigado pela Polícia Civil. Vítima foi identificada como Domingos Braz de Jesus, de 41 anos. Professor indígena é morto no extremo sul da Bahia
Um professor indígena foi morto a golpes de facas durante uma confraternização na noite de domingo (1°), na Aldeia Pará, localizada na cidade de Porto Seguro, no extremo sul da Bahia.
Segundo informações da Polícia Civil, a vítima foi identificada como Domingos Braz de Jesus, de 41 anos, conhecido como "Gringo". As investigações iniciais apontam que o professor foi atingido ao menos quatro vezes, nos braços, pescoço e abdome por outro indígena. Após o crime, o suspeito fugiu por uma área de mata fechada.
Em depoimento, pessoas conhecidas da vítima e do suspeito contaram que os dois tinham desavenças relacionadas a ciúmes envolvendo a companheira de Domingos. As testemunhas contaram que os dois estavam sem se falar há alguns dias.
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A faca usada no crime foi apreendida e passará por perícia. A polícia afirmou que embora o crime tenha ocorrido em território indígena, não há qualquer indício, até o momento, de que tenha relação com conflitos coletivos, disputas fundiárias ou questões relacionadas à demarcação ou direitos indígenas.
De acordo com a polícia, após o crime, a casa onde a companheira da vítima mora foi incendiada por algumas pessoas, e ela relatou ter recebido ameaças de morte por parte de membros da comunidade.
Professor indígena é morto a golpes de facas no extremo sul da Bahia
Reprodução/Redes Sociais
Em nota, o Conselho de Caciques Pataxó (CONPACA) lamentou a morte de Domingos e o classificou como um "guerreiro incansável na luta pela defesa do território tradicional Pataxó".
De acordo com o CONCAPA, Domingos Braz atuou como professor na Escola Indígena Pataxó de Barra Velha, "contribuindo com de forma significativa com a valorização da língua, cultura e história".
O Conselho ainda afirmou que Domingos sempre foi uma pessoa engajada, trabalhadora e presente nas mobilizações e ações comunitárias. Disse ainda que ele deixou um legado de coragem, dedicação e amor.
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